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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hidratação do atleta



Normas Gerais de Hidratação para o Atleta


A ciência aplicada à natação em termos de pesquisa, juntamente com a parte técnica, têm evoluído nestes últimos anos. Não existem dúvidas e, é importante ressaltar, que a nutrição tem sido cada vez mais valorizada sua atuação no contexto junto ao acompanhamento do atleta. A sofisticação tecnológica na área ligada a análise da composição corporal veio contribuir muito para evolução no acompanhamento do atleta, otimizando não só no aspecto preventivo no que diz respeito ao sobre-treinamento ("overtraining") como otimizando também na preparação do atleta, seja durante treinamento e período competitivo.
A seguir alguns tópicos serão colocados com intuito de auxiliar e/ou tirar dúvidas de atletas que participam de treinamento exaustivo prolongado e de competição.



HIDRATAÇÃO PRÉ INTRA PÓS TREINO/COMPETIÇÃO



O corpo humano adulto é constituído de mais de 65% do seu peso corporal de água (dependendo da faixa etária e estado nutricional), mais de 60% da água corporal se encontra dentro da célula. Portanto, o déficit de água tanto no compartimento extra quanto no intra celular é um fator de má performance. A perda de água corporal ocorre, principalmente, através do suor. A velocidade da sudorese, depende de fatores tais como intensidade e duração do treinamento, condições ambientais (temperatura, umidade velocidade do vento do meio ambiente), nível de aptidão física e aclimatação ao meio ambiente. A condutividade térmica da água, isto é, a velocidade de troca de calor entre a temperatura do corpo do atleta e da água (piscina, mar etc) é 24 vezes maior na água do que no ambiente fora d’água. Com isto, quando o atleta se encontra dentro da água a temperatura do corpo se iguala a temperatura da água bem mais rápido do que fora deste ambiente.
O déficit de água corporal ocorre primariamente no meio intra celular, célula muscular e a seguir na célula da pele. A seguir no extra celular com diminuição do volume plasmático ( o volume de água plasmática corresponde apenas 4% da água corporal total). O aumento da tonicidade plasmática é devido a maior perda de água do que de eletrólitos. A perda de água leva a consequente diminição da capacidade de perda de calor interno (sistema termoregulador), elevando a temperatura corporal à niveis muito alto. A consequências principais do déficit de água corporal são duas: a) diminuição da performance aeróbica. b) aumento da temperatura corporal central predispondo o atleta a doenças induzidas pelo calor tais como; cãibras, exaustão térmica. Intermação (temperatura corporal central acima de 40.5 Cº ) e síncope.

Colaborador da Web Swimming:
Dr. MARCUS F. BERNHOEFT
(Diretor do Depta. Médico da CBDA)
Email: bernhoef@antares.com.br

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