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sexta-feira, 26 de abril de 2013





Aula dia 27/04/2013 - Objetivo: águas abertas

100m peito com bastante deslize - aquecimento 
2 x 1000m - 1º 1000m nadando só crawl - utilizar toda ida somente respiração frontal
                                                                   volta R livre (respiração lateral)
                    2º 1000m = 10 x 100m medley
150m costas 
150m pernada submersa de qualquer estilo
100m seu melhor estilo bem solto 
Total: 2400m
Para celebrar a chegada do fim de semana! Aproveitem!

quinta-feira, 25 de abril de 2013



Aula para piscina média - piscina de 15m (crianças aprendizes- nível médio de aprendizagem)

Objetivo: técnica nado costas 


Jogo de aquecimento: crianças dispersas na piscina, ao comando do professor uma criança será escolhida para ser a mãe cola. Esta deverá pegar os companheiros com a seguinte frase: colado!, a criança "colada" deverá ficar no lugar com a perna aberta e estática. Para ser descolada outro companheiro deverá passar entre as pernas da criança "colada", assim poderá sair da posição estática que estava.
Tempo médio: 5 a 7 minutos

Aula:  tempo médio: 35 minutos

4 piscinas de deslize de costas sem bater perna ou braço
2 piscinas de deslize de costas com ambas as mãos acima da cabeça (em forma de foguete)
4 piscinas abraçando a prancha executar pernada de costas
4 piscinas segurando a prancha em forma de travesseiro executar pernada de costas
2 piscinas pernada submersa de costas
2 piscinas escalando a raia da piscina executar pernada submersa de costas
4 piscinas pernada de costas com um dos braços esticados acima da cabeça - enfatizar pernada bem forte
2 piscinas crianças andando para trás e executando braçada de costas com os pés no chão
Retirar as crianças da piscina e mostrar o movimento correto da braçada de costas dentro da água
4 piscinas pernada de costas ao lado da raio empurrando o corpo segurando na raia e puxando-o
4 piscinas pernada de costas segurando na prancha utilizando uma braçada por vez em cada piscina Ex: vai braçada direita, volta braçada esquerda
4 piscinas mesmo exercício anterior sem prancha
4 piscinas costas utilizando perna e braço (costas normal)
Entre um exercício e outro utilizar outro nado para complementar e diversificar a aula

Jogo final: tempo médio: 10 minutos - jogar bolinhas de gude dentro da piscina, a criança que conseguir juntar o maior número será declarada vencedora. Para diversificar: formar equipes, uma contra a outra e executar o mesmo exercício.









10 exercícios para melhorar a sua força de vontade e auto disciplina
Por: Miguel Lucas em www.escolapsicologia.com

Ter força de vontade significa sermos capazes de fazer o que devemos de forma intencional, vencendo as dificuldades e/ou os estados de ânimo. A força de vontade estabelece uma relação muito forte com a motivação. Motivação, é ter um motivo para a acção, esta acção terá tanto mais ímpeto quanto mais disciplina você tiver. Juntando os conceitos: a força de vontade, utiliza a motivação que temos para a acção, a acção é tanto mais orientada quanto mais disciplina for colocada na persecução do objectivo a alcançar.
Não é preciso grande força de vontade para fazer coisas prazerosas como divertir-se ou ficar deitado sem fazer nada. Pois à nascença todo o ser humano trás já no seu reportório uma tendência natural para a adaptação hedónica (adaptação natural a acontecimentos considerados positivos e prazerosos). Por isso a força de vontade pode ser considerada uma virtude preponderante na nossa vida, esta virtude destaca-se porque permite-nos realizar aquilo que naturalmente não é fácil, mas que necessita de grande esforço, dedicação e trabalho da nossa parte. De uma forma geral, quem na sua vida tem um elevado grau de força de vontade, destaca-se dos outros, é apreciado e admirado pela capacidade de orientar e governar a sua vida.

REFORÇAR A FORÇA DE VONTADE

No reforço e prática da força de vontade valem todos os pequenos esforços: Por exemplo quando se trata de terminar a obrigação apesar do cansaço, de estudar a matéria que nos custa, recolher o que está fora do lugar, vestir-se apropriadamente, levantar da cama apesar da falta de vontade, tudo isto pode ser um excelente exercício de força de vontade na vida quotidiana. Encaminhamo-nos passo a passo a grandes conquistas pessoais, pela força do hábito de nos forçar-mos a criar rotinas que dependem da nossa disciplina mental (controlo do que queremos pela acção da vontade própria). Aos poucos vamos forjando pela força de vontade um carácter que actua de forma coerente com aquilo com o qual nos propomos.

NÃO PARE NO FRACASSO

Quando fracassamos não devemos parar no fracasso. Podemos ter fracassado porque não nos empenhamos bastante, ou porque criamos uma expectativa irreal sobre um determinado curso de acção, lugar, coisa ou pessoa. E quando essas pessoas ou circunstâncias nos desapontam pensamos que fracassamos de alguma maneira. Mas os fracassos ou desencantos devem ser vistos como uma óptima oportunidade para aprendermos sem nunca nos determos neles mais que o necessário para perspectivarmos novas formas de obter o que desejamos.
O fracasso que na grande maioria das vezes tememos enfrentar e aceitar, é o que nos impede de nos realizarmos como pessoa, de realizar o nosso projecto de vida. Persistir, recomeçar ou empenhar-nos mais da próxima vez, essa deve ser sempre a nossa lição nos pequenos fracassos, porque nunca deixamos de olhar o objectivo maior, por ficarmos com o olhar preso no obstáculo que caiu mais atrás, nunca deixamos de nos focar intencionalmente na recta da meta.
Adoptando uma perspectiva optimista, não interessa as vezes que caímos, mas sim aquelas que estamos dispostos a levantarmo-nos. Às vezes os fracassos despertam novas potencialidades, possibilidades e oportunidades, e até por vezes algumas das nossas forças escondidas.
Com relativa facilidade, podemos deixar-nos levar pelo estado de ânimo do momento, deixando de fazer as coisas que deveríamos (aquelas que achamos ser boas para nós e desejamos alcançar), porque é grande o impulso para nos dedicarmos às coisas das quais obtemos prazer de forma fácil, rápida e sem necessidade de termos qualquer habilidades ou competência.

MUNDO DE POSSIBILIDADES

Vivemos numa época em que a competitividade se tornou feroz, em que a mudança é certa, somos forçados diariamente a constantes adaptações. Por tudo isto reconheço que querer concretizar determinados objectivos, pode tornar-se num calvário repleto de obstáculos, dificuldades e desilusões. Em contrapartida, nunca vivemos numa época em que existisse tantas possibilidades. O mundo está repleto de possibilidades para todos, a informação e a educação está cada vez mais acessível no mundo global. Talvez escolher entre tantas oportunidades e possibilidades se torne só por si uma tarefa de Hércules. É aqui que a força de vontade e disciplina mental se tornam fundamentais. Desenvolver e trabalhar estas áreas é um caminho para nos munirmos de “armas” para combater as dificuldades que inevitavelmente se nos deparam na vida.

SABER AQUILO QUE GOSTAMOS E QUEREMOS

É preciso estarmos atentos ao que nos rodeia, e tentar perceber onde é que as nossas paixões se podem encaixar, onde é que as nossas melhores habilidades e competências podem surtir melhores resultados. Aliado a tudo isto, e mais importante que qualquer coisa, é necessário conhecer e reconhecer aquilo que gostamos, e que queremos estabelecer como objectivo. Aquilo que nos faz sentir bem, no qual nos possamos sentir como peixe na água. Este caminho de descoberta, pode ser o nosso maior aliado tornando-se num facilitador de vida. Saber o que gostamos, conhecer as nossas forças e virtudes, as nossas capacidades e como as colocar em acção, é meio caminho para sermos bem sucedido nos objectivos que traçamos.

TRAVAR OS IMPULSOS

Para melhorarmos a nossa força de vontade, devemos munirmo-nos da sua melhor aliada a auto-disciplina. A auto-disciplina é o companheiro da força de vontade, dotando-a com a resistência para persistir em qualquer coisa que você faça. Ela confere a capacidade de suportar privações e dificuldades, seja física, emocional ou mental. Ela concede a possibilidade de rejeitar a satisfação imediata, a fim de obter algo melhor, mas que exige esforço e tempo. Esta capacidade está descrita no mundo da psicologia como uma componente primordial na inteligência emocional, que é a capacidade para adiar a recompensa.

Vídeo demonstração da técnica nado crawl! Aproveitem

quarta-feira, 24 de abril de 2013


Qual é a diferença entre bebidas isotônicas e bebidas energéticas!

Por: Rita de Cássia Borges de Castro em www.nutritotal.com.br


Apesar das bebidas isotônicas e energéticas terem sido desenvolvidas para melhorar o desempenho esportivo, estes produtos possuem diferenças na composição nutricional, por isso o consumo deve ser feito com objetivos diferentes. A bebida isotônica tem o objetivo de repor as perdas hidroeletrolíticas durante a prática de exercícios, enquanto a bebida energética, por ter ação estimulante, tem o objetivo de aumentar a concentração e a resistência durante o exercício.

As bebidas isotônicas são líquidos que apresentam osmolaridade muito próximo a dos fluidos corporais (280-340 mosmol/kg). Essa propriedade faz com os isotônicos sejam rapidamente absorvidos após o consumo.

Neste sentido, o termo isotônico refere-se à tonicidade, ou seja, diz respeito à concentração iônica de um líquido em relação ao sangue. Um líquido pode ser hipotônico, quando sua concentração é menor que a do sangue, hipertônico quando a concentração é maior ou isotônico quando a concentração é igual a do sangue.

As bebidas isotônicas são consideradas suplementos hidroeletrolíticos com o objetivo de evitar a desidratação durante a prática esportiva. De acordo com a RDC 18/2010 da Anvisa, capítulo III e artigo 6º, os suplementos hidroeletrolíticos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:

I - a concentração de sódio no produto pronto para consumo deve estar entre 460 e 1150 mg/l, devendo ser utilizados sais inorgânicos para fins alimentícios como fonte de sódio;
II - a osmolalidade do produto pronto para consumo deve ser inferior a 330 mOsm/kg água;
III - os carboidratos podem constituir até 8% do produto pronto para consumo;
IV - o produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
V - o produto pode ser adicionado de potássio em até 700 mg/l;
VI - o produto não pode ser adicionado de outros nutrientes e de outros componentes que não sejam considerados nutrientes;
VII - o produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
§1°. Quanto ao tipo de carboidrato, referente ao inciso III, este produto não pode ser adicionado de amidos e poliois.
§2°. Com relação ao teor de carboidratos, constante do inciso III, o teor de frutose, quando adicionada, não pode ser superior a 3% do produto pronto para o consumo.


Os isotônicos geralmente apresentam em sua composição básica sódio, potássio, cloreto e glicose, além de conter corantes, aromatizantes artificiais e conservantes. Podem ser encontrados na forma de pós, concentrados ou líquido pronto para beber.
As bebidas isotônicas devem conter baixo teor de carboidratos para garantir um rápido esvaziamento gástrico e levar menos tempo para atingir os tecidos que necessitam de hidratação e, assim, garantir uma rápida e eficiente reposição hidroeletrolítica. Além disso, não devem ser gaseificadas, pois os gases podem causar a distensão das paredes intestinais e a sensação de peso no estômago.

As bebidas energéticas, por sua vez, têm como principal característica a presença de substâncias com ação estimulante do sistema nervoso central na sua composição. Elas foram desenvolvidas para melhorar a resistência física, reações mais velozes, aumentar a concentração, evitar sono, proporcionar sensação de bem-estar, estimular o metabolismo e ajudar a eliminar substâncias nocivas do organismo humano.

De modo geral, as bebidas energéticas possuem em sua composição básica sacarose, glucose, taurina (400 mg/100ml a 1000 mg/250ml), inositol, cafeína (15-32 mg/100ml a 80 mg/250ml), glucoronalactona, vitaminas do complexo B e vitamina C, acidulantes (ácido cítrico ou ácido pantotênico), reguladores de acidez (citrato de sódio), conservantes, corantes e aromatizantes.

Segundo a RDC 18/2010 da Anvisa, capítulo III e artigo 7º, os suplementos energéticos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:

I - o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 75% do valor energético total proveniente dos carboidratos;
II - a quantidade de carboidratos deve ser
de, no mínimo, 15 g na porção do produto pronto para consumo;
III - este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
IV - este produto pode conter lipídios, proteínas intactas e ou parcialmente hidrolisadas;
V - este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
Aula dia 24/04/2013 - Objetivo: águas abertas

100m pernada de costas sem prancha
100m braçada livre com pulbói
2 x 800m - 1º 800m - nadar crawl com camiseta sem parar e tocar em qualquer parte da piscina - usar respiração frontal no meio da piscina
                  2º 800m - nadar alternando estilos com camiseta nos primeiros 400m - depois retirá-la sem apoio nenhum na piscina
100m pernada medley sem prancha
100m peito submerso
200m medley 
200m crawl R3 bem solto
Total: 2400m
Vídeo para natação de salvamento! Uma dica valiosa!

terça-feira, 23 de abril de 2013

As Habilidades aquáticas básicas
 Por: Tiago Barbosa em www.efdeportes.com


 No domínio da aprendizagem e do desenvolvimento motor, as habilidades motoras básicas são um pré-requisito para a aquisição, a posteriori, de habilidades mais complexas, mais específicas, como são as desportivas.
    Este fenómeno é justificável pelo facto do processo de desenvolvimento inter-habilidades se dar por fases, numa sequência previsível de mudança qualitativa (Robertson, 1982; Seefeldt e Haubenstricker, 1982). Por outro lado, essa sequência de desenvolvimento é tida como universal e invariante, dado que todo o ser humano passa pelas mesmas fases e na mesma ordem, ocorrendo a progressão segundo o ritmo de desenvolvimento específico de cada sujeito (Gallahue, 1982). Esta concepção teórica é conhecida como a teoria dos estádios, baseando-se no modelo de desenvolvimento cognitivo de Piaget. Assim, as mudanças observáveis de estádio para estádio deverão ser entendidas como uma "reconstrução" do sistema nervoso, em que cada mudança de estádio não será mais que a substituição de um programa neural obsoleto, por um mais actual (Robertson, 1978). Isto é, a passagem de um determinado estádio para outro, representa a passagem de um nível rudimentar de execução para um nível superior.
    O modelo de desenvolvimento das habilidades motoras mais divulgado parece ser o de Gallahue (1982). A representação esquemática do modelo de Gallahue (1982) encontra-se ilustrado na Figura 1. Graficamente, o modelo pode ser representado por uma pirâmide, colocando-se na base, ou seja, no primeiro estádio os movimentos reflexos, característicos dos recém-nascidos e, apresentando no topo os movimentos desportivos. Nos patamares intermédios o sujeito passa por um estádio de movimentos rudimentares, como sejam, gatinhar ou marchar e, de movimentos fundamentais, como por exemplo, correr, saltar ou lançar.
Figura 1. Modelo de desenvolvimento das habilidades motoras (adaptado de Gallahue, 1982).
    No entanto, o desenvolvimento das habilidades motoras quer no meio terrestre, quer no meio aquático, é resultado das contínuas interacções entre determinados factores genéticos e as experiências prévias do sujeito com o meio envolvente (Moreno e Sanmartín, 1998).
    No caso particular da aquisição das habilidades motoras aquáticas específicas, o sucesso dessa apropriação também dependerá da prévia aquisição de determinadas habilidades aquáticas básicas (Langendorfer e Bruya, 1995; Moreno e Garcia, 1996; Crespo e Sanchez, 1998; Moreno e Sanmartín, 1998). Ou seja, antes da abordagem de habilidades motoras aquáticas específicas como são por exemplo, as técnicas de nado, as técnicas de remada da Natação Sincronizada ou da rectropedalagem no Polo Aquático, será necessário antes de mais, adquirir e consolidar um conjunto de habilidades aquáticas básicas.
    Assim é objectivo desta comunicação apresentar um conjunto de habilidades aquáticas básicas, que deverão ser abordadas ainda durante o processo de adaptação ao meio aquático, enquanto meio facilitador da aquisição e assimilação de habilidades aquáticas específicas de uma determinada actividade aquática.

2. As habilidades motoras aquáticas
    Como já foi referido, no meio aquático, tal como no meio terrestre, a aquisição de habilidades motoras mais complexas e específicas depende da prévia aquisição, apropriação e domínio de habilidades mais simples. Consequentemente, Langendorfer e Bruya (1995), sugerem a adaptação do modelo de desenvolvimento das habilidades motoras proposto por Gallahue (1982), para as actividades realizadas no meio aquático. A representação esquemática da adaptação do modelo de Gallahue (1982), proposto por Langendorfer e Bruya (1995), encontra-se ilustrado na Figura 2.
Figura 2. Adaptação do modelo de desenvolvimento das habilidades motoras
de Gallahue (1982), de acordo com Langendorfer e Bruya (1995)

    Assim, a aquisição das habilidades aquáticas básicas terá como objectivo: (i) promover a familiarização do sujeito com o meio aquático (Catteau e Garoff, 1988; Mota, 1990; Carvalho, 1994; Navarro, 1995; Crespo e Sanchez, 1998; Moreno e Sanmartín, 1998); (ii) promover a criação de autonomia no meio aquático (Catteau e Garoff, 1988; Mota, 1990; Carvalho, 1994; Crespo e Sanchez, 1998; Moreno e Sanmartín, 1998) e; (iii) criar as bases para posteriormente aprender habilidades motoras aquáticas específicas (Langendorfer e Bruya, 1995; Crespo e Sanchez, 1998; Moreno e Sanmartín, 1998).

3. As habilidades motoras aquáticas básicas
    Vasconcelos Raposo (1978), apenas se refere ao equilíbrio e à respiração, como elementos a abordar no processo de adaptação ao novo meio. Todavia, tradicionalmente são consideradas como componentes da adaptação ao meio aquático, ou seja, como sendo habilidades aquáticas básicas: a respiração, o equilíbrio - que inclui as rotações e os saltos - e a propulsão (Catteau e Garoff, 1988; Mota, 1990; Carvalho, 1982; 1994). Isto é, serão considerados como elementos indispensáveis para uma posterior abordagem de habilidades desportivas, no meio aquático, o domínio dos factores relacionados com o equilíbrio, a respiração e a propulsão. Contudo, a estas habilidades aquáticas básicas, Moreno e Garcia (1996) acrescentaram os lançamentos e as recepções, o ritmo, os reboques, a flutuação e a familiarização inicial com o meio. Mais tarde, Moreno e Sanmartín (1998) procuraram uma melhor sistematização destas habilidades. Assim, propuseram a abordagem das rotações, dos deslocamentos (que incorporam a propulsão e os saltos), das manipulações (que incluem os lançamentos e as recepções) e dos equilíbrios (também abarcando as flutuações e a respiração).
    Por sua vez, Navarro (1995), sugere a abordagem nesta fase dos saltos, das rotações, dos deslocamentos, do equilíbrio e, dos lançamentos e das recepções. No entanto, segundo o autor em questão, são factores essenciais para a posterior prática da Natação numa perspectiva utilitária e desportiva, a respiração, a flutuação e a propulsão.
    Em síntese, aparentemente, serão habilidades aquáticas básicas a serem abordadas no decurso dos programas de adaptação ao meio aquático: (i) o equilíbrio, incluindo a flutuação e as rotações; (ii) a propulsão, onde se integram os saltos; (iii) a respiração e; (iv) as manipulações, que também abrangem os lançamentos e as recepções.

3.1. Equilíbrio
    O domínio do equilíbrio no meio aquático está intimamente ligado com o domínio da propulsão (Mota, 1990). Isto porque a posição mais vantajosa para o deslocamento neste meio é a horizontal. Assim, será necessário que o indivíduo refaça um conjunto de referências, procurando-se adaptar à nova posição. No Quadro 1 comparam-se as alterações de comportamentos no meio terrestre e no meio aquático, em termos de equilíbrio, de acordo com Mota (1990).
    Para mais, no meio aquático, o equilíbrio de um corpo depende da inter-relação das Forças de Impulsão Hidrostática e de Gravidade (Abrantes, 1979). Logo, o equilíbrio é alterável através da respiração e da modificação da posição relativas dos segmentos corporais (Abrantes, 1979). Ou seja, ao aumentar-se o volume de ar inspirado, aumenta-se o volume corporal imerso, pelo que também se aumenta o volume de água deslocada e, portanto, a intensidade da Força de Impulsão Hidrostática. Por outro lado, alterando a posição relativa dos diversos segmentos corporais, altera-se a localização do centro de massa e do centro de impulsão e, portanto, a relação entre as forças envolvidas na determinação do equilíbrio.
Quadro 1. Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre
e no meio aquático, em termos de equilíbrio (adaptado de Mota, 1990). 
    Intimamente relacionado com este fenómeno está um outro: a flutuação. A flutuação é a expressão mecânica entre a densidade de um corpo e a densidade do líquido onde esse corpo se encontra mergulhado (Vilas-Boas, 1984). Pode-se mesmo dizer que a flutuabilidade é determinada pela inter-relação entre as intensidades da Força da Gravidade e da Força de Impulsão Hidrostática. Assim, um corpo apresenta uma flutuabilidade positiva quando a sua densidade é igual ou inferior à densidade do líquido. Por outro lado, a flutuabilidade é negativa quando a densidade do corpo é superior à densidade do líquido onde se encontra mergulhado. Ou então, que a flutuabilidade é positiva quando a intensidade da Força de Impulsão Hidrostática for igual ou superior à magnitude da Força da Gravidade e; pelo contrário, a flutuabilidade é negativa quando a intensidade da Força de Impulsão Hidrostática é inferior à intensidade da Força da Gravidade.
A abordagem da flutuação nesta fase é importante, para criar nos alunos uma consciencialização dessa possibilidade no meio aquático, a qual não é "vivenciável" no meio terrestre (Mota, 1990; Moreno e Garcia, 1996).
    Finalmente, serão também incluídas nesta categoria de habilidades aquáticas básicas as rotações. O motivo para a sua inclusão neste tipo de habilidades justifica-se pelo facto das rotações não serem mais do que alterações momentâneas do equilíbrio adquirido, ou seja, de alterações esporádicas do equilíbrio atingido. Essas rotações poderão ser efectuadas sobre diferentes tipos de eixos (internos e externos) e sobre diversos planos (sagital, frontal e transverso).
    A abordagem nesta etapa da formação das rotações será decisiva para a apropriação mais tarde, por exemplo, das técnicas de viragem na Natação Pura Desportiva.

3.2. Propulsão
    Como já foi referido, as alterações em termos de equilíbrio, devem-se a diferenças no mecanismo propulsivo utilizado no meio aquático. No Quadro 2 apresentam-se as alterações em termos de propulsão que se verificam no meio aquático, segundo Mota (1990).
    A Força Propulsiva Efectiva, em condições de escoamento estável, decorre da componente na direcção do deslocamento da resultante entre a Força de Arrasto Propulsivo e da Força Ascensional (Schleihauf, 1979). Já em condições de escoamento instável, a propulsão explica-se devido à produção de vórtices (Colwin, 1992).
    Acresce-se que quanto menor for a intensidade da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direcção de deslocamento do sujeito, maior será a velocidade de nado para uma dada intensidade de Força Propulsiva. Assim, o aumento da velocidade de nado decorre do aumento da intensidade da Força Propulsiva e da diminuição da intensidade das diversas componentes da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direcção do deslocamento do sujeito, isto é, do Arrasto de Fricção, do Arrasto de Pressão e do Arrasto de Onda.
Quadro 2. Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre
e no meio aquático, em termos de propulsão (adaptado de Mota, 1990). 
    Por sua vez, os saltos poderão ser considerados como o método de deslocamento de um indivíduo do meio terrestre para o meio aquático. Isto porque, nas actividades aquáticas, os deslocamentos não são necessariamente efectuados sempre em contacto com a água. Daí a sua inclusão neste grupo de habilidades, embora alguns autores refiram que os saltos deverão fazer parte do equilíbrio (Vasconcelos Raposo, 1978; Catteau e Garoff, 1988; Carvalho, 1982; 1994).
    A inclusão dos saltos nesta fase da formação assume particular importância para a posterior abordagem das partidas na Natação Pura Desportiva ou, dos Saltos para a Água, por exemplo.

3.3. Respiração
    Uma das principais limitações impostas pela passagem à posição horizontal, relaciona-se com a necessidade de imersão da face, a qual se constitui como uma limitação da função ventilatória (Holmér, 1974). Ou seja, o mecanismo respiratório sofre algumas alterações quando o sujeito se encontra no meio aquático, devido à face se encontrar temporariamente imersa e das características físicas desse mesmo meio, nomeadamente o facto deste ser mais denso que o ar. Logo, o trabalho de aperfeiçoamento da respiração pressupõe a criação de um automatismo respiratório necessariamente diferente do automatismo inato (Mota, 1990).
    No Quadro 3 comparam-se as principais características do mecanismo respiratório no meio terrestre e no meio aquático, de acordo com Mota (1990).
Quadro 3. Comparação das principais características do
mecanismo respiratório no meio terrestre e no meio aquático (adaptado de Mota, 1990). 

3.4. Manipulações
    As manipulações consistem em manter uma relação de interacção entre o indivíduo e um ou vários objectos, permitindo explorá-lo(s) e, simultaneamente, explorar todas as suas possibilidades (Moreno e Sanmartín, 1998). No caso concreto das actividades aquáticas, esses objectos são usualmente materiais auxiliares como por exemplo, as placas, as barras para efectuar imersões ou, os flutuadores.
    São considerados casos particulares de manipulações aquelas que são realizadas com as bolas, como sejam os lançamentos, os passes e as recepções. Os lançamentos podem ser realizados a um determinado alvo - ou não - com o próprio corpo ou com outro(s) objecto(s). No caso do objecto ser lançado a um outro indivíduo que por sua vez o recebe, denomina-se de passe. Já as recepções poderão ser efectuadas com determinada parte do corpo, parado ou em movimento.
    A apresentação destas habilidades é especialmente benéfica para a posterior abordagem de habilidades desportivas características de determinados jogos desportivos colectivos realizados no meio aquático, como é o caso do Polo Aquático.

4. Conclusões
    No decurso do processo de adaptação ao meio aquático deverão ser abordadas diversas habilidades motoras aquáticas básicas, as quais permitirão a posterior aquisição e assimilação de habilidades motoras aquáticas específicas de diversas actividades aquáticas. Além do mais, nesta etapa dever-se-á ter em atenção que nenhuma habilidade ou grupo de habilidades deve ser sobre ou subvalorizada em detrimento das restantes.
    Finalmente, dada a inter-relação que se verifica entre diversas habilidades, será possível combiná-las de múltiplas formas. Especialmente no período de consolidação de uma ou de várias habilidades e/ou em momentos mais avançados do processo de adaptação ao meio aquático.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mais um vídeo interessante para começar esta semana! Tenham uma ótima semana!
Aula dia 22/04/2013 - Objetivo: aula para águas abertas (travessias)

100m qualquer pernada - aquecimento - com prancha
3 x 300m crawl - 1º 300m utilizar respiração frontal no meio da piscina
                           2º 300m - crawl intocável (não usar qualquer parte da piscina para virar ou tocar)
                           3º 300m - crawl R máximo para respirar usar um ciclo de peito
100m pernada lateral de peito com prancha
3 x 300m crawl - 1º 300m tomar o tempo do percurso
                           2º 300m melhorar o tempo do 1º entre 20 e 40 segundos
                           3º 300m solto cada respirar efetuar respiração frontal
200m medley inverso (50m cada estilo)
200m alternar estilos bem solto
Total: 2400m

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Bom fim de semana a todos!
Com uma excelente música para embalar nossos ouvidos!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Avaliação biomecânica da saída!
Vídeo para relembrar a anatomia do ombro e seus movimentos!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mais um vídeo para vocês! Técnica saída de costas!

sexta-feira, 12 de abril de 2013


Para curtir o fim de semana! Tenham um excelente sábado e domingo!

Vídeo de técnicas para o nado golfinho (borboleta) !

Tenham um ótimo fim de semana!

Aula dia 13/04/2013 OBJETIVO: FORÇA.

100m qualquer estilo - aquecimento
100m pernada de crawl com prancha enterrada na água
200m vai costas com braço direito com palmar
          volta costas com braço esquerdo com palmar
200m pernada lateral de crawl sem prancha
200m costas com palmar
200m medley - no golfinho usar só pernada (50m cada estilo)
400m crawl R4 cada 100m executar 05 flexões na borda
200m vai cachorrinho com cabeça fora da água
          volta peito com bastante deslize
200m costas duplo com palmar
200m crawl R6 sem parar
200m vai pernada de costas segurando a prancha como bandeja
          volta pernada de peito com prancha atrás do corpo
200m alternar estilos.
Total: 2400m

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Alô 2013!

Que bom estar de volta! Depois de um tempo parado, retornei com força e fôlego total! Desculpe o sumiço, mas agora estaremos nos empenhando para melhorar cada dia mais a natação!
Obrigado!



Aula dia 10/04/2013 Objetivo: força

100m qualquer estilo (evitar crawl) - aquecimento
3x 200m : 1º 200m crawl com R progressivo com camiseta
                2º 200m crawl R4 com camiseta e mão fechada
                3º 200m crawl com camiseta e meia
100m qualquer pernada sem prancha
3 x 200m medley: 1º 200m com camiseta e meia (50m cada estilo)
                            2º 200m no golfinho fazer somente pernada - usar camiseta e meia
                            3 200m no peito fazer submerso- usar camiseta e meia
200m alternar 50m peito com 50m costas
800m crawl intocável com camiseta - cada 400m - intervalo de 1'
Total: 2400m